A primeira impressa é a última impressão. A primeira impressão é a que fica. Essas máximas, que já deram pano para manga para muita discussão, podem parecer cruéis, mas no mundo iconoclasta que vivemos são absolutamente verdadeiras.
Na teoria de psicologia comportamental, a primeira impressão é quando você encontra uma pessoa pela primeira vez e forma uma imagem mental dessa pessoa.
Assim, quando encontramos alguém que nunca tínhamos nos encontrado antes; eles não têm a menor ideia de quem somos e nenhum conhecimento sobre a pessoa que somos. Portanto, eles nos julgam com base no que veem e ouvem. Todo o resto se torna secundário. As coisas que dizemos, a maneira como agimos e tudo o que indica algo sobre nossa personalidade estabelece a base sobre a qual a outra pessoa constrói uma ideia sobre nosso caráter ou personalidade.
As primeiras impressões que os indivíduos dão aos outros podem influenciar muito a maneira como são tratados e vistos em muitos contextos da vida cotidiana. E aí fica a questão, como causar uma boa primeira impressão? E ainda mais do que isso, será que eu tenho poder sobre a primeira impressão a ser causada?
E a resposta é “sim, totalmente”!
Segundo Edward Schiappa, professor de estudos comparativos de mídia no MIT e instrutor do Persuasive Communications Bootcamp desta famosa universidade, “quase tudo o que fazemos – como andamos, falamos, gesticulamos, olhamos para as pessoas, apertamos as mãos, sentamos, organizamos nosso escritório, vestimos, usamos nosso cabelo, etc. – comunica algo sobre quem somos. Portanto, a primeira etapa crucial a ser considerada por um líder ou alguém que deseja ser bem sucedido é: Quem é o “eu” que apresento aos outros? Estou transmitindo as qualidades que desejo transmitir?”
Nessa busca por boa impressão e confiabilidade entram atitudes importantes como bom contato visual, mostrar respeito e confiança ao seu interlocutor, demonstrar empatia em uma conversa não verbal.
Como você se comporta fisicamente, a famosa linguagem não verbal, pode fazer uma enorme diferença nessa trajetória. Ou seja, o erro a evitar é adotar uma linguagem corporal fora de sincronia com o comportamento que define a persona que desejamos ser.
O site da American Management Association trouxe, num artigo de 2019, algumas dicas para uma linguagem corporal eficiente, e entre elas há duas pérolas interessantes sobre o assunto:
Para se conectar instantaneamente com alguém, cumprimente com as mãos, porque o toque é a sugestão não-verbal mais primitiva e poderosa que existe. Pesquisas mostram que tocar alguém no braço, mão ou ombro por apenas 1/40 de segundo cria um vínculo humano (atente para o tempo, não estou incentivando assédio). Um estudo sobre apertos de mão do Income Center for Trade Shows mostrou que as pessoas têm duas vezes mais chances de se lembrar de você se você apertar a mão delas e as pessoas reagem a aqueles com quem apertam as mãos sendo mais abertas e amigáveis.
Para estimular bons sentimentos, sorria. Pois é, um sorriso genuíno não apenas estimula sua própria sensação de bem-estar, mas também diz às pessoas ao seu redor que você é acessível, cooperativo e confiável. Quer saber o que é um sorriso genuíno? É aquele que surge lentamente, enruga os olhos, ilumina o rosto e desaparece lentamente. Sorrir influencia diretamente a forma como as outras pessoas reagem a você. Quando você sorri para alguém, essa pessoa quase sempre sorri de volta. E, como as expressões faciais desencadeiam sentimentos correspondentes, o sorriso que você recebe realmente muda o estado emocional da pessoa de uma forma positiva.
Viram como o cérebro trabalha quando estimulado corretamente?
Existem outras regras importantes na comunicação não-verbal que devem ser levadas em conta para causar uma boa impressão:
Concentre-se na pessoa. Faça e mantenha contato visual apropriado já que tendemos a acreditar em pessoas que nos olharão nos olhos. Não olhe para baixo e não fique voando pela sala com seus olhos. Sua atenção é direcionada para onde você olha. Portanto, a outra pessoa pode concluir que você não está prestando atenção nela se estiver procurando em outro lugar.
Monitore sua qualidade vocal, observando sua tonalidade e as palavras que você enfatiza e sempre se certifique de que sua voz transmite confiança e credibilidade.
Ainda nessa pegada, combine suas palavras com a linguagem corporal. Se houver dissonância entre as duas coisas, as pessoas seguramente vão optar pelo que o corpo está falando, não a boca.
Preste atenção à sua postura, centralize a parte superior do corpo sobre os quadris, contraia o estômago e mantenha os ombros para trás. Imagine que um barbante está puxando do topo de sua cabeça. Fique de pé uniformemente em ambos os pés. Não fique dançando de um lado para outro e evite ao máximo, cruzar as pernas quando estiver em pé.
Mas, evite posturas de comando, como colocar as mãos nos quadris ou cruzar as mãos atrás da cabeça. Essas posturas podem transmitir desaprovação, superioridade ou arrogância aos outros.
E mais do que tudo isso, relaxe. Respire fundo algumas vezes antes de entrar em uma sala ou encontrar alguém. As pessoas querem estar perto de outras pessoas confiantes e relaxadas.
No próximo post vou falar do segundo elemento importantíssimo na primeira impressão: a roupa. Cores e estilos vão dizer muito sobre você.