Foi assunto no Valor Econômico, no New York Times, na Vogue, no USA Today e até o sisudo Wall Street Journal trouxe matéria sobre nosso jeito de se vestir depois de mais de um ano de pandemia. Parece exagero, mas não é. Milhares de empresas no planeta mandaram seus funcionários trabalhar em casa. As relações pessoais mudaram completamente e nosso jeito de nos mostrar aos outros, que por um bom tempo limitou-se a telas de computador e celulares, também.
Para se ter uma ideia, a reportagem do Valor trouxe o resultado de uma pesquisa da KD Imagens com 460 profissionais e apenas 8% deles se vestiram formalmente no Home Office; 20% deles se vestiam apenas com a parte de cima da roupa formal para reuniões por zoom e 15% confessaram trabalhar de pijamas nesse tempo todo. A coisa foi tão contundente que a C&A viu a busca por pantufas crescer 2034%, a de moletons 656% e a de pijamas dar um salto de 1.183% no e-commerce.
O Dress Code empresarial sempre foi uma forma de adequar a roupa de todos à cultura e imagem da empresa e padronizar um estilo dentro da corporação, mais ou menos como uniformes do exército ou das escolas mais tradicionais. Ternos, costumes, tailleurs, sapatos, salto alto ou baixo etc; tudo somava para vender uma ideia de profissionalismo, seriedade em alguns casos, aproximação com seu público em outro.
Mas essa questão já vem mudando há muito tempo. Um estilo mais jovem e despojado de se apresentar, vindo especialmente das empresas de tecnologia, já vão mais de 20 anos, havia permeado muitos outros segmentos, começando pela adoção do Casual Friday até mesmo em instituições financeiras. Se por um lado o dress code parece uma amarra, por outro não deixa o colaborador perdido em como se apresentar dentro do lugar que trabalha. E quando a pandemia começou, tomados de surpresa, nenhum RH foi direcionar a massa de funcionários em home office em como se portar ou se apresentar em frente às câmeras.
E nessa mudança brusca, tivemos profissionais que viram sua imagem pessoal arranhar por aparecerem tão ao natural durante as reuniões por zoom e outros que tiveram a mesma atitude despojada, mas passaram uma imagem de tranquilidade, vida em família, relaxamento que trabalhou a seu favor.
E como explicar o porquê de cada caso? Tem muito a ver como você trabalha sua imagem pessoal. Um bom entendimento do segmento profissional que você trabalha e um bom conhecimento de seus interlocutores são de grande ajuda, mesmo se você está numa reunião online em casa, com filhos e cachorros correndo em volta.
Se você está falando com o/a CEO da empresa, melhor se arrumar antes, não é?
E com a volta do trabalho presencial, como ficamos? Nos EUA, com uma maior abertura agora, a grande dúvida das pessoas se tornou “Ok, é hora de entrar novamente no mundo e preciso de ajuda. Tenho tudo isso, não sei o que quero vestir” disse a personal stylist de celebridades Allison Bornstein. A especialista passou a pandemia dando assessoria para não celebridades e viu sua consultoria explodir com tantos pedidos de auxílio nessa abertura.
Só que aqui no Brasil, 55% dos respondentes da pesquisa da KD Imagem acreditam que nada mudará em sua empresa em relação ao dress code pós Covid (contra 45% que creem – ou esperam – mudanças). E na Inglaterra também! No site City A.M., o diretor de criação da Huntsman, Campbell Carey, disse que “muitos clientes estão desesperados para voltar à rotina de vestir um terno ou fazer alguma forma de alfaiataria”.
E se você se acostumou tanto assim em ficar muito à vontade trabalhando em casa, lembro o lamento do lendário estilista Karl Lagerfeld “Uma pessoa que usa calças de moletom o tempo todo, perdeu todo o controle sobre sua vida!”.
Brincadeiras à parte, não há uma resposta pronta ainda para todas as questões referentes à COVID e a forma de se vestir profissionalmente. Já dissemos aqui que a roupa mexe não só com o seu estado de espírito, como o dos outros. E também que é um dos componentes fundamentais da imagem pessoal.
Então se precisássemos fazer uma previsão, seria de que o conflito formal x informal no mundo pós-covid não deverá ser longo e meio termos entre o confortável e o rígido poderão ser encontrados. Só que seguramente posso afirmar que a exigência da formalidade extrema pode até cair, mas o da elegância, NÃO!
Se sua empresa necessita implementar uma nova Politica de Dress Code, auxiliar seus colaboradores com vestimenta, aparência e estilo, nós podemos te ajudar, entre em contato conosco.